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01 de Julho de 2011

ACRISMAT PEDE AJUDA EMERGENCIAL AO GOVERNO DO ESTADO

Os suinocultores de Mato Grosso que geram mais de 30 mil empregos diretos e indiretos no Estado precisam hoje da ajuda do governo do Estado, caso contrário a cadeia produtiva poderá ser dizimada nos próximos anos. Com este apelo a Associação dos Criadores de Suínos de MT e a Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, FAMATO, anunciaram a solução, por hora, para a suinocultura no Estado, em entrevista coletiva na Federação, na tarde desta quinta (30.06). De acordo com o diretor executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, as principais reivindicações do segmento são isenção de impostos em alguns custos de produção do setor. Como a isenção de ICMS sobre a energia, a queda do preço de pauta para comercialização do quilo, a compra de carne pelo governo para inclusão na merenda escolar, e ainda uma política de preços mínimos para categoria. “Precisamos de incentivos temporários para podermos sair da crise. Pois centenas de produtores já estão pagando pra trabalhar, o ideal hoje seria que o governo custeasse pelo menos de R$0,50 a R$0,60 no quilo do suíno vendido com prejuízo”, pediu. Em meio a crise para tentar minimizar os prejuízos os produtores que antes abatiam animais em média de até 150 quilos já abatem suínos de 90 quilos. Em uma apresentação o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), Otavio Celidonio, mostrou como o setor suinícola do Estado investiu nas tecnificação e melhora da produção do seu plantel. Segundo levantamento do IMEA, a produção teve um aumento de 9% entre janeiro e abril de 2011, comparado ao mesmo período de 2010. Já a exportação sofre queda de 23%, entre janeiro a maio de 2011, se comparado com os mesmos meses do ano passado. No entanto o que mais preocupa todo o setor atualmente é a queda vertiginosa no valor do quilo do suíno nos últimos anos, e a consequente frequência de prejuízos do produtor. Segundo dados da Acrismat que hoje reúne 350 produtores, o valor do custo de produção hoje é de aproximadamente R$2,10 mas o quilo está sendo comercializado por até R$1,41. Outro dado alarmante é que se antes com valor bom de mercado o produtor precisava vender quatro kilos de suínos para comprar uma saca de milho – base alimentar do suíno. Atualmente o produtor precisa vender 10 quilos. O Estado tem hoje um plantel de 1,5 milhão de suínos, destas 120 mil são matrizes tecnificadas. Mato Grosso está entre os cinco maiores Estados produtores da carne no país. AUDIÊNCIA NA CÂMARA FEDERAL A crise da suinocultura, se não resolvida brevemente, ira acabar com milhares de empregos no país. Diane disso a junto das associações estaduais, a ABCS apresentou dados referentes ao prejuízo pago pelo produtor nos últimos três meses, que hoje já somam mais de R$ 1 bilhão e reforçou que embargo russo só vem agravar a crise dentro do setor. O cenário foi apresentado no dia 29.06 em Brasília aos deputados federais. “Precisamos desatrelar essa crise do embargo russo, que passou a vigorar há apenas 10 dias. Nosso grande problema se encontra nos valores de comercialização do milho que atingiram índices desproporcionais à sustentabilidade do setor, aliado a um desequilíbrio entre oferta e demanda”, defendeu o presidente da ABCS Marcelo Lopes. O posicionamento da entidade foi ratificado pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto. “Vamos resolver a situação do embargo junto ao governo Russo e a crise irá permanecer no setor, por isso, precisamos enfrentar a questão de abastecimento de milho e alinhar a demanda interna”. O diretor executivo da Acrismat defendeu na audiência que é preciso buscar novos mercados para a carne suína no exterior e aumentar o consumo interno. “Hoje produzimos para exportar 80% da nossa produção segue pra Rússia, Ucrânia e Hong Kong. Para não ficarmos reféns destes mercados precisamos que o governo tenha uma política de estoque de carne e milho e que principalmente fomente o consumo interno”, endossou. Icone AI & RP Assessoria de Imprensa Acrismat Paola Carlini / Tarde 3642 3303 – 8404 9656