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29 de Maio de 2023

Robô trabalha com câmeras e sensores para monitorar engorda e saúde dos suínos

Embora seja um aumento significativo, ainda é insignificante em comparação com a quantidade total de carne suína proveniente de todos os principais países fornecedores do México

Um módulo “Big Brother” acoplado ao Roboagro, a primeira máquina de alimentação automática de suínos, pretende elevar as vantagens da suinocultura de precisão.

Com o Pig Star, o robô que foi desenvolvido por uma empresa gaúcha, com DNA 100% nacional e está no mercado há sete anos ganha câmeras e sensores para fazer o monitoramento em tempo real do desenvolvimento, ganho de peso individual, sanidade, bem-estar e comportamento dos animais em cada baia nas granjas comerciais.

Giovani Molin, CEO da empresa que leva o nome do robô, disse à Globo Rural que a nova tecnologia é voltada para as agroindústrias que fazem a gestão das granjas de seus produtores integrados, mas também pode ser usada por produtores independentes.

“A conversão alimentar e o GPD (ganho de peso diário) são informações estratégicas que geralmente a agroindústria só recebe na entrega do lote para o abate. Com o Pig Star, a indústria tem essas informações em tempo real em todas as passagens do robô pelas baias e pode usar os dados para interferir e melhorar a gestão.”

Segundo o CEO, geralmente, o suinocultor integrado recebe animais com 23 kg para entregar com média de 120 kg após 120 dias. A ração também é fornecida pela indústria, que paga um preço fixo por animal ao produtor.

Mesmo recebendo lotes de porte e peso aproximados, devido à variação genética e outros fatores, é comum que, na entrega à indústria, haja uma variação de até 60% no peso dos animais de um mesmo lote, ou seja, alguns com 140 kg e outros pesando 90 kg.

Molin afirma que o acompanhamento do ganho de peso diário nas baias gera uma economia na alimentação, um ganho ambiental com menor excreção de dejetos e maior qualidade e padronização da carne ao sinalizar o ponto certo de abate.