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25 de Janeiro de 2010

2009, um ano difícil para a produção de carne suína

Entidade divulga levantamento sobre produção, oferta para abate e alojamento de matrizes. Os principais fundamentos da cadeia suína brasileira, em 2009, foram o aumento robusto da produção, devido principalmente ao aumento da produtividade resultante de avanços tecnológicos, a maior oferta das carnes concorrentes a preços competitivos, a comercialização prejudicada pela crise econômico-financeira, a acentuada queda nos preços, a valorização do Real e a forte pressão sobre os custos no primeiro semestre. O alojamento de matrizes do rebanho industrial manteve a tendência de aumento verificada nos últimos cinco anos, com um crescimento estimado em 3,4% (1,57 milhão de cabeças) em 2009. Sobretudo em função do aumento da produtividade, a oferta de animais para abate cresceu, proporcionalmente, mais do que o alojamento de matrizes (6,1%), passando de 31,9 milhões de cabeças, em 2008, para 33,8 milhões de cabeças, em 2009. Além disso, a elevação do peso médio de abate contribuiu para que a oferta de carne suína do rebanho industrial crescesse 7%, atingindo 2,873 milhões de toneladas, 187 mil t a mais que no ano anterior. A absorção deste expressivo aumento de produção felizmente encontrou um mercado interno aquecido, pois as exportações, embora tenham crescido um pouco em relação a 2008, ainda se destinam aos mesmos mercados do passado. A grande questão que deverá balizar o desempenho em 2010 é a competitividade do Brasil em relação a seus principais concorrentes internacionais, equação em que entram a valorização do Real e reformas internas, sendo a tributária a mais premente, avalia Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS).